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OMS aponta três riscos do uso da inteligência artificial na saúde

Atualizado: 18 de jul. de 2023

Unsplash/D koi - A Unesco apela à implementação de suas recomendações sobre a ética da inteligência artificial para evitar seu uso indevido.



Agência da ONU pede cautela com plataformas que simulam comunicação humana; falta de mecanismos que garantam uso seguro e ético das novas tecnologias é ponto de preocupação.


A inteligência artificial aplicada na saúde pode gerar orientações incorretas, violação de dados pessoais e disseminar desinformação. O alerta é da Organização Mundial da Saúde, OMS.

A entidade pede cautela com plataformas como ChatGPT, Bard, Bert e diversas outras que imitam a compreensão, o processamento e a produção da comunicação humana.

Ampla difusão

Segundo a OMS, as chamadas ferramentas de modelo de linguagem, LLMs, geradas por inteligência artificial podem representar riscos para o bem-estar humano e para a saúde pública.

Os especialistas da agência consideram que a rápida e ampla difusão das LLMs e o crescente uso experimental para fins relacionados à saúde não está sendo acompanhado por mecanismos de controle.

Isso inclui adesão das plataformas de inteligência artificial a valores como transparência, inclusão, engajamento público, supervisão especializada e avaliação rigorosa.

A OMS reconhece que o uso apropriado de tecnologias, incluindo LLMs, pode contribuir para apoiar profissionais de saúde, pacientes, pesquisadores e cientistas. Felipe

As novas plataformas podem ser uma ferramenta de apoio às decisões médicas e aumentar a capacidade de diagnóstico em ambientes com poucos recursos. O foco deve estar em proteger a saúde das pessoas e reduzir a desigualdade.


Unsplash/Possessed Photography | A Inteligência Artificial é uma grande promessa para melhorar a prestação de cuidados de saúde e medicamentos em todo o mundo, mas apenas se a ética e os direitos humanos forem colocados no centro de seu design e implantação, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, OMS.

Adoção precipitada

Mas a entidade ressalta que os riscos associados ao uso dessas ferramentas para melhorar o acesso a informações de saúde precisam ser avaliados cuidadosamente.

A adoção precipitada de sistemas não testados pode levar a erros por parte dos profissionais de saúde, causar danos aos pacientes e minar a confiança na inteligência artificial e em tecnologias futuras.

Os dados usados ​​para treinar a inteligência artificial podem ser tendenciosos, gerando informações enganosas ou imprecisas que podem representar riscos à saúde, à equidade e à inclusão.

Algumas preocupações da OMS são:

• LLMs geram respostas que podem parecer confiáveis ​​e plausíveis para um usuário final. No entanto, essas respostas podem estar completamente incorretas ou conter erros graves, especialmente para temas relacionados à saúde.

• LLMs podem ser treinados em dados para os quais o consentimento pode não ter sido fornecido anteriormente. Além disso, essas ferramentas não necessariamente protegem dados confidenciais, incluindo de saúde, que um usuário fornece para gerar uma resposta.

• LLMs podem ser utilizados para gerar e disseminar desinformação altamente convincente na forma de texto, áudio ou vídeo, tornando difícil para o público diferenciar conteúdo falso de conteúdo confiável.

A OMS propõe que essas preocupações sejam abordadas com base em evidências. Uma análise de riscos e benefícios deve preceder o uso generalizado em cuidados de saúde e medicina de rotina, seja por indivíduos, prestadores de serviços e formuladores de políticas. Materia Original: https://news.un.org/pt/story/2023/05/1814472



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